Criado em 2020 PIX tornou-se o método de pagamento preferido dos brasileiros. Com apenas alguns toques no aplicativo do banco, você pode transferir o dinheiro para a conta de qualquer instituição, e sem pagar nada por isso. Porém, notícias falsas disfarçaram essa informação.
No dia 3 de janeiro deste ano, a Receita Federal passou a adotar uma nova metodologia de Fiscalização PIX, em que valores movimentados por pessoas físicas acima de R$ 5 mil receberiam mais atenção. A situação acabou criando pânico em grande parte dos brasileiros.
A ideia de ser fiscalizado pelo Fisco despertou o alarme entre os brasileiros, e alguns notícias falsas começaram a circular dizendo que todos os valores acima de R$ 5 mil transferidos no PIX seriam tributados. Logo, as pessoas decidiram não usar mais esse método de pagamento.
A situação levou Queda de 10,9% nas operações via PIX realizada entre 4 e 10 de janeiro, em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram obtidos com base em registros do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do Banco Central.
Diante das notícias falsas que se espalharam, o governo federal recuou e a Receita Federal anunciou que iria revogar a medida em inspeção de pagamentos. Além disso, reforçou que nunca houve interesse em taxar esse método.
A Receita Federal cobraria imposto de quem fizesse PIX acima de R$ 5 mil?
Assim que surgiram notícias sobre a tributação, a Receita Federal se manifestou negando a notícia de que os brasileiros que somavam mais de R$ 5 mil em transações via PIX seriam tributados.
“Não existe cobrança de imposto no PIX, cobrança qualquer digite sobre PIX. Não existe e não pode existir, porque a Constituição Federal proíbe. Não há possibilidade de cobrança de qualquer imposto sobre transações financeiras”, afirmou o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, em entrevista ao Jornal CBN.
Nesse momento o secretário também defendeu o novo sistema de fiscalização justificando que essa obrigação de monitorar as transações financeiras dos brasileiros já existia. Porém, não havia nada na regulamentação que cotasse os valores via PIX.
“O sistema tem mais de 20 anos. Lá atrás, quando foi criado, não existia PIX. Não havia carteira digital. Não surgiram novos acordos de pagamento nos últimos anos. Então, modernizamos os sistemas para que as informações sejam completas, para que não gerem inconsistências nas declarações, para que as pessoas não caiam indevidamente em armadilhas fiscais”, justificado.
A maior preocupação dos brasileiros era pagar mais impostos. No caso dos microempreendedores, por exemplo, não há necessidade de pagar o aluguel, basta fazer o demonstração de resultados dentro do limite. Veja abaixo:
O que mudaria nas transações via PIX?
Segundo a Receita Federal, as operadoras de cartões, instituições de pagamento e bancos digitais passariam a ser obrigadas a reportar as transações bancárias dos brasileiros.
O interesse era aumentar o controle sobre as operações financeiras. E assim facilitar a supervisão contra a evasão fiscal e a evasão de impostos.
Pelas novas regras, que entraram em vigor no dia 3 de janeiro deste ano, as empresas deverão:
- Revise o relatório mensal da conta do cliente se o valor for superior a R$ 5 mil para pessoas físicas ou R$ 15 mil para pessoas jurídicas.
No entanto, esta semana o IRS voltou atrás e revogou esta medida. Portanto, continua mantida a regra de envio do relatório apenas pelos bancos tradicionais.
Nova forma de pagamento PIX a partir de 2025
No ano passado, o Banco Central anunciou uma nova função dentro do forma de pagamento via PIX. Chamada de PIX automático, essa ferramenta vem sendo desenvolvida pelo BC desde o final de 2023, e estaria disponível inicialmente em outubro de 2024.
A ideia é funcionar como uma espécie de débito automático. Nesse caso, o consumidor cadastra a dívida da empresa X junto ao seu banco e sinaliza quando deseja pagar, selecionando o PIX como forma de pagamento.
A partir daí, na data agendada, o banco é responsável por efetuar o pagamento. O objetivo é que este método é usado para pagar:
- concessionárias de serviços públicos (água, luz, telefone e gás);
- empresas do setor financeiro;
- escolas ou faculdades;
- academias;
- condomínios;
- planos de saúde;
- serviços de streaming;
- clubes de assinatura.
Dessa forma, o pagamento ocorrerá sem a necessidade de o usuário solicitar mensalmente o código PIX à instituição que deseja efetuar o pagamento, inserir a chave, digitar a senha, etc.
Segundo o BC, esse modelo também reduzir custos da empresa, barateando os procedimentos de cobrança e reduzindo a inadimplência.
Quando será lançado o PIX Automático
Os planos do Banco Central eram lançar o PIX automático em outubro do ano passado, mas não foi cumprido. Agora, o novo prazo é para:
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