Este ano, a Câmara dos Deputados aprovou o início do Votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que altera a Escala de trabalho 6×1. Agora, a sugestão da deputada Érika Hilton voltará a ser discutida em 2025, mas com poucas chances de avanço.
O texto que propõe a fim da escala 6×1onde o trabalhador trabalha seis dias por semana com folga, obteve voto favorável e por isso avançou na Câmara. Porém, devido a outras questões mais urgentes, a votação ocorrerá em 2025.
Se avançar entre deputados e senadores, a medida também precisa passar pelo aprovação do governo federal para que realmente comece a contar. E assim, se for aceite, mudará a forma como a maioria dos trabalhadores está habituada a prestar serviços hoje.
O CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) permite que o empregado seja contratado com jornada de trabalho máximo 44 horas por semanadividido entre os sete dias da semana. Antes mesmo de ser contratado, o trabalhador já deve estar ciente dos dias que precisará trabalhar.
Alguns têm folga nos finais de semana, mas quem for contratado para trabalhar no comércio, no turismo e nos setores considerados essenciais precisará trabalhar mesmo durante o período. fins de semana. Para não ter que contratar mais gente, a empresa oferece trabalho 6×1.
Qual é a escala de trabalho no modelo 6×1?
Muita gente sonha com a escala 5×2, onde trabalha cinco dias (segunda a sexta) e dois dias de folga (sábado e domingo). Enquanto estiver em Escala 6×1 o trabalhador:
- paga serviço por seis dias durante a semana, com direito a um dia de folga.
Conforme mencionado, este modelo de trabalho em que a folga é garantida em um único dia da semana abrange principalmente os setores de comércio, retalhista, bares, restaurantes, supermercados, transportes e setor público (por exemplo, polícia, hospitais, coleta de lixo e outros).
Isso porque são setores que funcionam todos os dias da semana, ou seja, na escala 7×7. Para os empresários destes sectores, é importante ter uma força de trabalho que possa faça uma pausa uma vez trabalhando em uma programação de retransmissão.
Vale lembrar que o Descanso Semanal Remunerado (DSR), ou seja, folga semanal, é um direito trabalhista adquirido por todo trabalhador que trabalha com carteira assinada.
O que pode mudar com o fim da escala 6×1?
Admissão com carteira de trabalho assinada dá ao trabalhador uma série de garantias previstas pelo CLTcomo o salário igual ao salário mínimo do país ou categoria. Além do direito a férias, 13º salário e folga semanal.
Agora, a medida criada pela deputada Érika Hilton propõe o fim da escala 6×1, substituindo esse modelo por outro em que a carga horária semanal é menor.
Os pontos de mudança estão incluídos na proposta, como:
- acabar com a possibilidade de turnos de 6 dias de trabalho e 1 dia de descanso, denominados 6×1;
- alterar o horário de trabalho para um modelo em que o trabalhador teria três dias de folga, incluindo o final de semana;
- o período máximo trabalhado seria de 8 horas diárias e 36 horas semanais;
- a escala seria 4×3, com quatro dias de trabalho por semana e 3 dias de descanso;
“[a PEC] reflete um movimento global em direção trabalho mais flexível para os trabalhadoresreconhecendo a necessidade de adaptação às novas realidades do mercado de trabalho e às exigências de uma melhor qualidade de vida para os trabalhadores e suas famílias”, argumenta Hilton, idealizador do projeto.
Alguns economistas têm criticado esta medida, devido ao possível aumento dos custos para as empresas. Já foi feita nas redes a sugestão de adotar a escala 5×2 para todos, em que os trabalhadores ganhariam dois dias de folga, não três.
A escala 6×1 pode ser ruim para o Brasil?
Levantamento feito pelo economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), trouxe dados preocupantes sobre o final da jornada de trabalho 6×1.
A pesquisa apresentou três cenários possíveis:
Cenário otimista
Neste cenário, os trabalhadores aumentariam 1% da sua produção devido a mais tempo de descanso.
- De 44 a 40 horas trabalhadas semanais: a perda econômica seria de 2,06%;
- De 44 para 36 horas trabalhadas semanais: a perda econômica seria de 6,84%.
Cenário pessimista
Hipótese de perda de emprego de 2,5% e aumento de produtividade de 0,5%.
- De 44 para 40 horas trabalhadas por semana: a perda económica seria de 3,33% com menos 1 milhão de empregos;
- De 44 para 36 horas semanais trabalhadas: perda econômica de 8,1% com menos 1,1 milhão de empregos.
Cenário que combina efeitos negativos e positivos
Hipótese de redução de empregos, mas aumento de produtividade.
- De 44 para 40 horas semanais trabalhadas: perda econômica seria de 2,8%
- De 44 para 36 horas trabalhadas semanais: a perda econômica seria de 7,6%.
“Os resultados indicam que, mesmo considerando potenciais ganhos de produtividade e perdas de empregos, a redução da jornada de trabalho proposta pela PEC teria um impacto econômico significativo que precisa ser cuidadosamente avaliado”diz Duque ao Jornal Valor.
banco pan cobra saque
empresta whatsapp
ouvidoria da pmmg
consignado caixa tabela
banco itau consignado
ouvidoria ipsemg
emprestimo pessoal bolsa familia simulador
banco pan sa cnpj