Esta semana começou a operar uma nova modalidade dentro do PIX, chamada PIX Agendado Recorrente. O objetivo é facilitar a organização financeira do consumidor que pode sinalizar no aplicativo que as transferências são feitas para uma pessoa sempre na mesma data.
Existem alguns pagamentos feitos via PIX que são recorrente na agenda do consumidor. Por exemplo, o custo do personal trainer, da escola do filho, do clube do livro por assinatura, da academia, da internet, da menina que vende lancheira, da pensão alimentícia, etc.
Ou seja, eles são pagamentos previsíveisfeito todos os meses e praticamente na mesma data. Com o objetivo de criar um mecanismo que possa atender essa demanda na vida do cliente, o Banco Central divulgou esta semana o PIX Agendado Recorrente, que busca inovar essa situação.
Em vez de o cidadão copiar a chave PIX do destinatário, informar o valor e, o mais importante, lembrar de fazer esse pagamento na data correta, o banco dará a opção de agende esta transferência. Isso significa que no dia marcado, o App do banco se encarrega de pagar uma pessoa específica.
Além de trazer mais comodidade ao cliente, essa solução também pode ajudar na organização financeira. Os pagamentos podem ser cadastrados para outra pessoa física (ex: professor de natação), e também para o CNPJ de pessoa jurídica (ex: academia que oferece aulas de natação).
O que muda com o PIX Agendado Recorrente?
Na verdade, muitos brasileiros já se depararam com essa opção no seu banco de confiança. Isso porque o PIX Recorrente Agendado já estava em operação.
O que mudou a partir de agora é que:
- Todos os bancos são obrigados a oferecer esta opção aos seus clientes;
- Anteriormente, a medida era facultativa, ou seja, apenas o banco que quisesse oferecia essa alternativa.
Ele mesmo o cliente deverá cadastrar a pessoa que receberá a transferência naquela data específica. Por isso, é muito importante ficar atento a todos os dados, como: chave, dados de quem irá receber, valor e data escolhida para o débito.
Além disso, é claro, será necessário que haja saldo disponível na conta para que o banco realize a transação. É um processo semelhante ao que acontece com os pagamentos que são colocados em débito automático.
PIX automático começa em 2025
Com objetivo muito semelhante, o PIX Automático a partir de 16 de junho de 2025. Inicialmente, esse tipo de repasse deveria começar em outubro deste ano, mas o Banco Central decidiu prorrogar o prazo.
A ideia é funcionar como uma espécie de débito automático. Nesse caso, o consumidor cadastra o débito da empresa no seu banco, e indica a data que deseja pagar, selecionando o PIX como forma de pagamento.
A partir daí, na data agendada, o banco é responsável por efetuar o pagamento. A diferença do PIX Agendado é que essa alternativa só será válida para pagamento:
- concessionárias de serviços públicos (água, luz, telefone e gás);
- empresas do setor financeiro;
- escolas ou faculdades;
- academias;
- condomínios;
- planos de saúde;
- serviços de streaming;
- clubes de assinatura.
Dessa forma, o pagamento ocorrerá sem a necessidade de o usuário solicitar mensalmente o código PIX à instituição que deseja efetuar o pagamento, inserir a chave, digitar a senha, etc.
Segundo o BC, esse modelo também reduzir custos da empresa, barateando os procedimentos de cobrança e reduzindo a inadimplência.
Novo limite de transferência via PIX
Outras alterações propostas para o PIX entrarão em vigor a partir de 1º de novembro deste ano e terão validade quando o conta é acessada por um novo dispositivocujo login no App do banco nunca foi feito.
Para aumentar o limite você precisará cadastrar seu aparelho no banco, passando por todos os métodos de segurança necessários.
O que mudará para o cliente
- Limite de R$ 200 para transferência de novos aparelhos sem cadastro no banco;
- O valor total da diária não pode ultrapassar R$ 1.000.
Medidas de segurança que devem ser adotadas pelos bancos
O Banco Central também apresentou alterações a serem trazidas pelas instituições financeiras, incluindo:
- adotar solução de gestão de risco de fraude que inclua informações de segurança armazenadas no Banco Central e seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente;
- disponibilizar – em canal eletrônico de amplo acesso aos clientes – informações sobre os cuidados que os clientes devem tomar para evitar fraudes;
- Pelo menos semestralmente, os bancos devem verificar se seus clientes possuem sinalizadores de fraude na base de dados do Banco Central.
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