novo salário, novo abono salarial e mudanças no seguro-desemprego de 2025

Para o trabalhador formal que segue o Regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), uma série de alterações serão adotadas este ano. Isto acontece porque a remuneração e benefícios trabalhistas estão sendo reajustados.

Anualmente o salário mínimo precisa mudaresse reajuste está previsto na Constituição Federal. A ideia é que o piso salarial do país aumente pelo menos com base na inflação do ano anterior, acompanhando o aumento do custo de vida para a população.

A partir disso, os trabalhadores e os brasileiros em geral poderão garantir o valor para comprar o básico para sua sobrevivência. Os empregadores são obrigados a ajustar o pagamento de quem recebe um salário mínimo com base na decisão do governo.

E quem ganha acima do mínimo poderá ter acesso a um valor maior este ano com base na inflação do ano passado do que fechou o acumulado em 4,84%.

Qual é o novo salário mínimo do país?

Em 30 de dezembro do ano passado foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o decreto que oficializa o valor do novo salário mínimo para 2025.

Desde 1º de janeiro de 2025, é considerado como piso salarial do país o valor de:

• R$ 1.518,00 salário mínimo;
• Aumento de R$ 106 em relação a 2024, equivalente a 7,5%.

Cálculo que chegou nesse valor

• Resultado do INPC do ano anterior (2024) que foi de 4,84%+
• Resultado do PIB de dois anos antes (2023) limitado a 2,5%.

Isto significa que mesmo que o PIB de dois anos antes tenha crescido mais do que isso, como aconteceu em 2023, tendo-se mantido em 2,9%, o O máximo que pode ser considerado é 2,5%.

Até o final do ano passado o cálculo era diferente. A inflação acumulada mais o PIB dos dois anos anteriores deverá ser considerada independentemente do seu resultado. No entanto, usando este cálculo, o governo teria que gastar mais do que o esperado, Por isso foi necessário mudá-lo.

Novo valor do abono salarial PIS/PASEP

O valor do bônus salarial Este ano será baseado no número de meses trabalhados em 2023, que é o ano base. Quanto mais meses de serviço prestados naquele ano, maior será o pagamento do benefício.

O cálculo funciona assim:

• 1 mês trabalhado = R$ 126;
• 12 meses trabalhados = R$ 1.518;
• O número de meses trabalhados é multiplicado por R$ 126, que é o mínimo.

Quem receberá o abono salarial

Para ter direito ao benefício você deve:

• Ter trabalhado pelo menos 30 dias com carteira assinada em 2023;
• Ter recebido no máximo 2 salários mínimos naquele ano;
• Estar inscrito no PIS/PASEP há mais de cinco anos;
• Foram incluídos na declaração RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) enviada pela empresa.

Os depósitos ocorrem de fevereiro a agosto deste ano, com base no mês de nascimento do trabalhador.

Mudanças no seguro-desemprego em 2025

O pagamento do seguro-desemprego também muda em 2025. Isso porque o salário mínimo desse benefício segue o salário mínimo do país. Ninguém pode receber menos que esse valor, enquanto o teto do seguro é baseado no resultado da inflação do ano passado.

O Ministério do Trabalho ainda não divulgou a tabela com os valores alterados para cálculo do seguro-desemprego. Porém, o que se sabe é que este ano os valores serão:

• Mínimo de R$ 1.518 para trabalhadores formais;
• Máximo de R$ 2.425,72 para trabalhadores com carteira assinada.

Trabalhadores domésticos, pescadores no período de defeso e trabalhadores resgatados de situações análogas à escravidão receberão R$ 1.518.

Impacto do salário mínimo na vida dos brasileiros

Segundo o Dieese, cerca de 59,9 milhões de pessoas têm renda igual ao salário mínimo. Ou seja, são remunerados com base nesse valor.

Com o reajuste de 7,5% no valor mínimo de 2024 para 2025, a estimativa é que o impacto é de R$ 81,5 bilhões na economiasendo R$ 43,9 bilhões correspondentes ao aumento da arrecadação de impostos sobre o consumo.

Os dados do departamento mostram que o seguinte será beneficiado:

• 28,1 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS;
• 17,3 milhões de trabalhadores com carteira assinada;
• 10 milhões de trabalhadores independentes;
• 4 milhões de trabalhadores domésticos.