Mais de 130 anos desde o fim da escravidão e o Brasil atingiu um registro histórico de denúncias e trabalho escravo. Nos últimos 12 meses foram 3.959 denúncias, número superior ao registrado em 2023. Saiba agora como denunciar.
Em 2024, o Brasil registrou um triste número recorde de denúncias de trabalho escravo e análogo ao escravo. Muitas pessoas não sabem o que isso significa, o que torna muito difícil resgatar trabalhadores. O número de 2024 superou a marca de 2023.
Os dados são do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e foram obtidos por GloboNews.
Trabalho escravo e análogo à escravidão
O trabalho escravo é definido como aquele em que uma pessoa é submetida a condições de privação de seus direitos sociais, civis e trabalhistas. Por outro lado, o trabalho análogo à escravidão é aquele que inclui uma ou mais das seguintes situações:
- Trabalho forçado por dívida
- Viagens exaustivas
- Condições degradantes
- Restrição de movimento
- Restringindo o uso de meios de transporte
- Vigilância aberta no local de trabalho
- Usurpação de documentos ou objetos pessoais do trabalhador
Aumento de denúncias de trabalho escravo
Por um lado, o crescente número de reclamações evidencia a preocupação da população com a degradação que esta situação gera aos trabalhadores. Por outro lado, é triste pensar que há 131 anos o trabalho escravo foi abolido no Brasil.
Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, nos doze meses de 2024, 3.959 reclamações. Isso significa um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2023. E o maior número desde a criação do Disque 100, em 2011.
Desde 2021, o Brasil vem batendo recordes de reclamações, sendo a primeira 1.918 reclamações. No ano seguinte foram recebidas 2.089 e em 2023, outras 3.430 reclamações foram recebidas pelo Ministério.
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram o ranking de reclamações com os seguintes números:
Cidade |
Número de reclamações |
São Paulo |
928 |
Minas Gerais |
523 |
Rio de Janeiro |
371 |
Rio Grande do Sul |
220 |
Bahia |
211 |
Resgate de trabalhadores em situação de escravidão
Embora o número de reclamações tenha aumentado, o número de resgates diminuiu nos últimos anos. Entre os meses de janeiro e novembro de 2024 foram realizados 1.273 resgates de trabalhadores.
O número representa uma queda de 60% em relação aos 3.240 resgatados em 2023. Muitos desses trabalhadores acabaram nessa situação porque foram enganados por empreiteiros com propostas atrativas.
Após o resgate, os cidadãos que cometem esta prática são condenados a pagar trabalhistas e indenizações, que totalizaram mais de R$ 12,6 milhões até 4 de dezembro de 2024.
Segundo o portal, a maior parte dos resgates ocorreu durante a Operação Resgate, ocorrida em agosto de 2024. Participaram 23 equipes de fiscalização, realizando 125 fiscalizações em 15 estados e no Distrito Federal, resgatando mais de 593 trabalhadores
Segundo a especialista Lila Cunha, colaboradora de FDR, o presidente Lula reforçou a fiscalização contra o trabalho escravo.
Como denunciar situação de escravidão ou trabalho análogo ao escravo
Todas as denúncias podem ser feitas através dos seguintes canais:
- Disque 100 (ligação para telefone fixo ou celular);
- Para o sistema ipê;
- Pelo e-mail Ouviria@mdh.gov.br;
- Pelo WhatsApp: +55 61 9 9611-0100;
- Via Telegram digitando “Direitoshumanosbrasil” na busca do aplicativo;
Quem tiver disponibilidade também pode comparecer pessoalmente na Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, em Brasília, aberta de segunda a sexta, exceto feriados, das 9h às 12h e das 14h às 18h.
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