Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) estão perdendo a esperança quanto ao recálculo de seus benefícios. É que mais uma vez o STF (Supremo Tribunal Federal) votou contra a possibilidade de ter revisão vitalícia.
O plenário virtual para julgar dois recursos a favor da revisão de vida começou na sexta (20), mas tem até a próxima sexta (27) para receber votos. No entanto, o Os ministros do STF já formaram maioria contra os embargos.
Os recursos foram apresentados pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNTM) e pelo Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev).
Ministros Nunes Marques, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, votou contra as duas ações apresentadas, e embora a votação só termine no dia 27 de setembro, eles são maioria e, portanto, não há chance de aprovação.
Recursos contra decisão desfavorável de revisão de vida
Neste novo julgamento, movido pela CNTM e pelo Ieprev, que acontece 20 a 27 de setembroos ministros devem julgar ações que solicitem ao STF:
- manter o entendimento prévio, permitindo a revisão ao longo da vida; ou
- garantir pelo menos o pagamento da correção para quem já tem ações judiciais tratando desse assunto. São cerca de 121 mil processos sobre o tema.
O que é a revisão vitalícia do INSS?
Toda a revisão de vida surgiu através de um ADI que questionou a cálculo de aposentadorias e pensões a partir de 1999. Isso porque a reforma da Previdência ocorrida naquele ano impediu que as contribuições feitas até julho de 1994 fossem consideradas.
De acordo com esta ADI, não incluir as melhores contribuições anteriores a esse período no cálculo da aposentadoria ou pensão prejudica o segurado no recebimento do seu salário.
A ideia era permitir que aposentados e pensionistas que fossem funcionários do INSS há no máximo 10 anos pudessem solicite o recálculo do seu benefício considerando as contribuições feitas antes de julho de 1994.
Em dezembro de 2022, o Supremo decidiu, por 6 votos a 5, oferecer aos aposentados do INSS a possibilidade de utilizar todas as contribuições, inclusive as feitas em 1994. Ou seja, a revisão vitalícia havia sido aprovada.
A grande questão é que em março de 2024 o STF entendeu que o segurado não pode escolher o melhor cálculo para o seu pagamento e que o As regras de 1999 são constitucionais e deve ser mantido. Foi então que a revisão, que até então estava paralisada, perdeu o ímpeto.
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